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História da SBV

 

Esta página destina-se a história da SBV, que precisa ser construída. Se você souber de algum fato que possa ser acrescentado ou correções ao texto que devam ser feitas, por gentileza, nos comunique (Perguntas para SBV). Isto é só mais um começo.

 

A SBV é de cada um de nós.

Construindo a Memória 
por Paulo C. Peregrino Ferreira

A SBV começou a surgir da insatisfação de alguns (porque eram poucos) virologistas pela falta de participação em congressos da Sociedade Brasileira de Microbiologia (SBM) em palestras, mesas redondas, apesar do crescente número de trabalhos apresentados. Essa inquietação dos Virologistas cresceu, na época, a medida que o espaço, cada vez menor, dedicado a assuntos de virologia, diminuia nos congressos da SBM. Essa movimentação inquietou bastante o então presidente da SBM Prof. Golber de Araújo Costa, que durante o Congresso da SBM, em Porto Alegre, 1977, conversou com os Professores Herman Schatzmayr, Romain Rolland Golgher, perguntando a respeito da criação da SBV e o conseqüente desligamento dos virologistas dos congressos da SBM. Além disso, havia uma insatisfação por parte dos Virologistas, particularmente do Dr. Bermudes (orientado do Dr. Herman), em relação a liberação do uso no País do Ribavirin, com o que a SBM não estava muito concordante. Contudo ainda não era o momento para abrir as asas e voar.

O primeiro encontro nacional de virologia foi realizado em Florianópolis, Santa Catarina, nas asas do Congresso Regional de Farmácia e Bioquímica, em 1978. Estavam presentes na ocasião os Professores Herman Schatzmayr, Romain Rolland Golgher, Oscar de Souza Lopez, Telmo Vidor e Paulo César Peregrino Ferreira. O objetivo foi a reunião de virologistas para saber o que fazer em relação a participação em congressos e a criação da Sociedade. A motivação na ocasião foram as salas cheias de estudantes para ouvir as palestras dos Professores Herman Schatzmayr, Romain Rolland Golgher, Oscar de Souza Lopes, frente ao número reduzido de virologistas que apareceram. Inclusive o Prof. Elliot W. Kitajima não pode aparecer por motivo de força maior. Naquela ocasião já haviam se reunido este mesmo grupo e o Dr. Francisco de Paulo Pinheiro, então Diretor do Instituto Evandro Chagas, de Belém, para redigir um documento referente a um plano de desenvolvimento da virologia. Esse plano foi enviado a vários orgãos como FINEP, CNPq ficando adormecido em berço esplendido em alguma gaveta.

Em 1982, aproveitando a “Primeira conferência Internacional sobre o Impacto das Doenças Virais no Desenvolvimento dos Países Latino Americanos e da Região do Caribe”, realizada no Hotel Gória, no Rio de Janeiro, O Dr. Herman Schatzmayr promoveu uma reunião dos virologistas, alguns deles financiados pela SBM, estando também presente o seu Presidente Prof. Salvador Furtado. O resultado da reunião foi a decisão, após acirradas discussões, pela realização do I Encontro Nacional de Virologia. O professor Romain Rolland Golgher acabou ficando encarregado de selecionar um local que pudesse ser a sede, nos moldes dos congressos de Chagas, da reunião do então chamada Grupo da Virologia da SBM.

A realização do I Encontro Nacional de Virologia, sendo um evento agora exclusivo de virologistas, foi uma grata surpresa, pois o prognóstico (pessimista: 20; otimista 30-35) foi amplamente superado tendo 60 participantes.

A dificuldade do aporte de recursos proveniente das agências de fomento não impediu a reunião e como sempre, chegaram algum tempo depois do conclave. A reunião só foi possível pelos recursos iniciais oriundos da SBM. Nesta ocasião, foi decidido que, para o sucesso da SBV e a sua continuidade, haveria necessidade de um rodízio das presidencias nas regiões em que houvesse uma massa critica ativa em virologia, motivo pelo qual foi estabelecido o eixo Rio, São Paulo, Belo Horizonte. No III Encontro Nacional de Virologia foi então dado o grito de Liberdade, particularmente na voz dos virologistas do Rio de Janeiro que vieram para o encontro com este propósito.

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